quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mais espetáculo, menos informação...


Há dias, podemos acompanhar passo a passo, detalhe por detalhe do caso Isabella Nardoni. O fato não é mais uma tragédia. A mídia tornou dele um verdadeiro show.

Parece que o mundo parou. Porém os nossos políticos continuam desviando dinheiro, muitas crianças morreram no Rio de Janeiro, vítimas da dengue, outras crianças foram vítimas de maus-tratos, mas estes assuntos não tiveram tanto espaço. Não há outra notícia desde a morte da menina.

O que é trágico, também desperta à atenção do público. Quanto mais drama, melhor. Reconstituições, deduções – os programas se tornaram verdadeiros peritos nesse caso e já têm mais conclusões do que o próprio laudo.

Algumas programações até perderam o bom senso, sem tomar cuidado ao que será reproduzido, faltando até com respeito à família.

Assim como José Arbex Jr. aborda em seu livro “Showrnalismo”, alguns meios de comunicação misturam a realidade e a ficção.

Esse tipo de jornalismo, segundo José "é o enfraquecimento ou total apagamento da fronteira entre o real e o fictício".

Podemos ver que a televisão por diversas vezes, não produz notícias, e sim espetáculos.

Gleyce Miranda





Balança, Brasil!

Fato que me intrigou essa semana: ao pesquisar na Internet, descobri que o programa comandado pelo nada carismático Geraldo Luis, o Balanço Geral – exibido pela rede Record- anda alcançando muitos pontos de audiência.

Há alguns dias, parei pra assistir ao programa. Mais parecia uma comédia. O assunto abordado era sobre uma suposta “loira do banheiro” que aterrorizava estudantes de uma escola. ( Informação que com certeza mudaria a vida de qualquer pessoa! )
A tela da tv se dividia entre a matéria e o apresentador, que simulava um ataque da personagem da matéria no seu estúdio, correndo pra lá e pra cá de uma pessoa com uma peruca loira.

Pensei que não poderia ficar pior. Mas ficou. Logo após veio a história de um plantador que vinha acompanhado de uma legenda bem peculiar:
“Veja o que ele consegue fazer com a banana !”
As pessoas hoje em dia perderam a noção do que é bom ou ruim. O programa tem espaço porque tem audiência. Será que se fosse um jornalismo de qualidade, estaria alcançando esses mesmos pontos? Prenderia tanto a atenção desses telespectadores? Algo preocupante.

Que “jornalismo” é esse? A qualidade foi perdida. Os canais de televisão preferem algo que desbanque as outras emissoras na audiência e esquece o que é essencial : a qualidade e a relevância das informações na vida das pessoas.

E as pessoas...acostumadas a esse tipo de mídia, que nada acrescenta, que nada enriquece o ser humano, se tornam alienadas e “vítimas” desses meios de comunicação, talvez por uma questão de cultura; ou melhor: a falta dela.


Gleyce Miranda

O homem na teia digital...


Quando nos referimos ao termo Web 2.0 logo pensamos no campo da informática e em seu sentido pragmático, já que a segunda geração da World Wide Web, a princípio, aponta para um melhor aproveitamento dos softwares disponíveis, uma vez que permite a personalização e a troca entre os usuários. Mas, mais do que isso, a Web 2.0 é a internet feita pelo internautas. Isso significa uma grande transformação no universo da comunicação social, pois todos podem expor textos, gerar informações e opinar sobre elas através da rede de comunicação virtual. O ambiente on-line agora, a fim de ser mais dinâmico, tem seu conteúdo criado pelos seus usuários.
A Wikipedia, os blogs, os sites de relacionamento, entre outros, inserem-se nesse contexto de criação coletiva, no qual nenhuma informação precisa ser checada antes de se tornar pública.
Assim, todos passam a ter o poder de manipular informações, suscitar reflexões e expor pensamentos, já que a internet permite qualquer tipo de participação dos usuários. Sendo assim, muitos conteúdos colaborativos não transmitem credibilidade, já que muitas vezes não possuem um embasamento confiável.

Esse fenômeno ainda é muito recente e, portanto, ainda é cedo para sabermos até que ponto a mídia digital e, conseqüentemente, a Web 2.0 interferirá na comunicação social e, principalmente, nas produções jornalísticas. Há quem diga que a comunicação caminha para a incorporação total do processo digital colaborativo. Há também aqueles que acreditam que o espaço do jornal impresso e o papel das empresas jornalísticas não sofrerão abalos com o advento da Web 2.0. Mas a história se configura com o decorrer do tempo, portanto, precisamos ainda de muita reflexão sobre o assunto para podermos nos posicionar com mais propriedade sobre o tema.
Camila Silveira

'Des'enciclopédia

Qualquer estudante de jornalismo conhece a importância da checagem de informações antes de se noticiar um fato. Esse exercício é primordial aos jornalistas. Entretanto, tão grave quanto não confirmar informações ou dados é fazê-lo de forma irresponsável, leviana. Por isso, a procura por dados em sites de pesquisa deve ser extremamente cuidadosa. Um dos exemplos clássicos de apuração de dados equivocada é a feita na Wikipédia, enciclopédia digital produzida por usuários.




A Wikipédia faz parte da WEB 2.0, como já foi falado em outro post, e é alimentada e editada por colaboradores. Dessa maneira, qualquer usuário sem a qualificação necessária pode discorrer sobre fatos e informar dados que não conhece. Serviços digitais que são híbridos de enciclopédias não devem servir como fontes. Idem para o conteúdo produzido pela maior parte da WEB 2.0. No mais, apenas para pesquisas de base que dão um conhecimento mínimo sobre determinado assunto. Para matérias jornalísticas, é indispensável que a fonte de pesquisa seja confiável. De preferência, quantas fontes de pesquisa confiáveis forem possíveis.




É importante frisar que as empresas jornalísticas sequer permitem consultas à Wikipédia para colher informações. Para pesquisas despretensiosas, a enciclopédia produzida pelos usuários pode até ser útil, porém não é – nem nunca foi – fonte de pesquisa gabaritada para notícias jornalísticas. O jornalismo exige a precisão que a Wikipédia não é capaz de oferecer.






Por Jeniffer Villapando

O espetáculo da vida


Ao formularmos um texto a ser publicado, logo pensamos nos artifícios que serão usados para deslumbrar e seduzir o nosso leitor. Eis então mais uma expressão da sociedade do espetáculo. Hoje em dia, com a hegemonia da imagem, vivemos o apogeu das produções espetaculares. Textos jornalísticos, programas televisivos, produções artísticas, entre outras formas de expressões humanas, na maioria das vezes, se valem da linguagem do espetáculo para despertar fascinação em seus respectivos consumidores.

A sociedade atual organiza sua realidade em torno dos objetos de contemplação, os quais são mitificados pelo poder imagético do espetáculo, uma vez que transforma os aspectos concretos da vida em aparências ilusórias. Como diz Guy Debord, “tudo o que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação”.

Vivemos o auge do processo do espetáculo. Nossas roupas, nossos perfis expostos na internet, nosso modo de estar no mundo, tudo reflete o momento histórico em que vivemos e, portanto, todas as manifestações devem ser gloriosas e extasiar o outro. Os meios de comunicação, por sua vez, também refletem fortemente os traços da sociedade do espetáculo, pois as produções midiáticas possuem valor mercadológico e, sendo assim, precisam deslumbrar o olhar dos leitores e telespectadores.

Os indivíduos acabam por contemplar e consumir passivamente imagens, cujo conteúdo reflete tudo o que lhes falta em sua existência real. Da mesma forma, buscam também transformar suas vidas em algo grandioso, espetacular, a fim de alimentar e seduzir o próximo. E é por isso que este texto também se insere nesse contexto e tem pretensões de ser um absoluto espetáculo.

Camila Silveira

Entre bebidas e cigarros










É verdade que devemos ser a favor de todo o tipo de manifestação contra cigarros. O preço de um maço de Marlboro é de R$ 2,90, mas é capaz que, mesmo muitos fumantes acharem caro, continue sendo barato, principalmente se levarmos em conta o preço do cigarro na Europa e nos E.U.A. Esta substancia deve sim ser evitada por jovens e divulgar avisos sobre os problemas que os fumantes adquirem com o passar dos anos esta mais do que correto.



Porém, existem outras coisas que também deveriam ser bem obervadas, mas não são. É bem capaz que muitos discordem, mas a bebida alcoólica pode ser muito pior do que o cigarro, no entanto não é tratada como tal. Hoje em dia é proibido fumar em muitos bares, mas beber três ou quatro copos de uísque ou de caipirinha, onde ambos possuem um teor alcoólico alto o suficiente para causar embriagues, é perfeitamente permitido. Qualquer indivíduo embriagado pode ser um perigo, não só para sí próprio, mas também para aqueles que estão a sua volta. Já se tornou comum aparecerem notícias nos jornais mostrando acidentes de trânsito causados por bêbados inconsequentes, porém a censura quanto a bebidas alcoólicas é muito fraca. Há anos que não são mais permitidas propagandas de cigarros na televisão. Hoje, os únicos lugares onde existem propagandas de marcas de cigarro são nos pontos de vendas. Mas ainda vemos comerciais de cerveja, uísque, cachaça e vodka. Me arrisco a dizer que isso não passa de uma tremenda hipocrisia. Todos sabem dos males que o cigarro trás na vida de uma pessoa, mas o
que ninguém pensa, e deveria pensar é que o cigarro é um mal que atinge apenas aquele que fuma. É normal que existam pessoas que não gostem do cheiro e que se sintam incomodadas. É normal e compreensível, mas um fumante ao volante com o cigarro aceso não apresenta perigo para outros motoristas. Porém, uma pessoa embriagada pode ser letal dentro do trânsito. É um fato contra o qual não existem argumentos: qualquer bebida alcoólica existente pode alterar de uma forma considerável o modo de agir de qualquer um. Muitos se tornam agressivos e inconvenientes e são atingidos por uma consequência bastante desagradável. Mal estar, enjôo, dor de cabeça, tonturas, pressão baixa e fortes ânsias de vômito são algumas destas consequências para um indivíduo que se aventure em beber além do que o seu corpo lhe permite. Com tanto a ser debatido e controlado, por quê, até agora ninguém se propôs a mostrar tudo isso da mesma maneira como mostram os diversos problemas que o cigarros trás?
Seria o álcool menos prejudicial do que a nicotina?
O fato é que ambos trazem muito prazer para quem os consome, e aqueles que conhecem os próprios limites para ambas as substâncias não apresentam graves problemas. afinal, qual é o problema em tomar uma cerveja com uns amigos e fumar um cigarro depois do almoço?






Mas e o vício? É bom que fique claro de uma vez: nicotina vicia, mas quando alguém esta sujeito a se tornar escravo da bebida, a situação se torna muito mais crítica para este ser. O que é muito estranho é que este problema é pouco divulgado. Todos sabem que o cigarro causa câncer, impotência sexual, dificuldade de respirar e pode levar a uma morte prematura. Isso esta estampado na nossa testa desde muito antes dos comerciais serem proibidos. Mas fala-se muito pouco do que a bebida é capaz de fazer. O álcool pode destruir uma família e o máximo que nós vemos é um discreto "beba com moderação". Não é o suficiente.
Se olharmos nossa história, vamos bater de frente com diversas
figuras emblemáticas que se tornaram vítimas do alcoolismo, muito mais do que a nicotina. Existem diversos grupos de apoio para viciados em bebidas, incontáveis casos de cirrose ou morte por embriagues e ainda assim a mídia e o governo permitem que existam diversos comerciais sobre diferentes tipos de bebidas alcoólicas. É preciso existir uma coerência para uma assunto delicado como este. Durante este longo texto eu indaguei o meu inconformismo perante a este tema, afinal, é muito difícil de engolir uma trapaça dessas. No meu modo de ver, nós deveríamos colocar tudo isso em cima de uma balança e observar o que pode ser evitado. É muito errado inibir uma pessoa de sentir o prazer de fumar um cigarro ou de tomar um copo de uísque, desde que seja feito com responsabilidade, mas também não é certo ressaltar tantos problemas de uma substância que é, de fato, perigosa como o cigarro e esquecer o quanto a bebida pode ser letal para uma comunidade. Digo tudo isso como um fumante de Marlboro que já passou por momentos vergonhosos com a bebida, por isso que, talvez, eu tenha sido capaz de expressar esta opinião.




Por Lucas Cardoso

terça-feira, 29 de abril de 2008

Salve, salve hipertexto!


Esses dias cheguei no meu trabalho e fui recebida por um bilhete que estava grudado no monitor do meu computador, dizia o seguinte:

“Naty, vê pra mim a receita do bolo que a Ana Maria Braga fez hoje?

Depois passo para pegar

Beijos Nete da cozinha”

Eu torci o nariz quando vi o recado, minha mesa estava entortando de tão cheia e a Nete vem com essa de receita de bolo? Guardei minha bolsa e reclamando entrei no site da Globo convencida que perder os primeiros minutos do meu dia procurando receitas era melhor que ouvir lamentações o resto da semana. Li as primeiras notícias na página principal e depois de alguns cliques lá estava o bolo de macaxeira com calda de laranja.
Macaxeira?
Eu comecei a rir quando li, nunca tinha ouvido falar nisso antes. Tentei imaginar o que poderia ser uma macaxeira e pior, um bolo disso com calda de laranja. Dei uma olhada nos ingredientes e, entre os ovos e a xícara de leite, lá estava a macaxeira cozida, fria e sem fiapos. Tentei apenas copiar a receita sem questionar, mas não consegui.

Prefiri não ficar na dúvida e recorri ao Google. Vários links, vários textos e a mesma explicação: macaxeira é um dos sinônimos usados para mandioca.
Distraída continuei lendo os tipos da raiz, até que cheguei na mandioca-brava, mais uma, o autor do texto não colocou a descrição da danada e me deixou com a pulga atrás da orelha. Lá fui eu de novo, Google, mandioca-brava. Outro site, outro texto, um novo significado: mandioca-brava é nomeada dessa forma, pois possui um ácido que é venenoso se não for destruído pelo calor do cozimento ou do sol...

A Nete chegou. Copiei a receita rapidinho e a entreguei. Ela sorriu e eu devolvi o sorriso. Voltamos ao trabalho, ela pensando no bolo e eu satisfeita por ter aprendido, na prática, o que era o tal do hipertexto. Um texto que te remete a outro texto...
Natália Oliveira

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Mulheres do século XXI




Elas estão nas propagandas de shampoo, nos comerciais de adoçante, na novela das oito e na revista Caras. Elas conseguem ter o cabelo, o rosto e o corpo perfeito. Elas têm tudo e ainda aparecem na televisão. Elas desfilam, são atrizes, cantoras e para melhorar nunca estão tristes. Seus sorrisos brancos e seus seios grandes... Lindas!



Você nem percebeu, mas de um tempo para cá você vê mais revistas de moda, programas de desfiles e novelas do que antes. Aliás, faz tempo que você não assiste a programação do Discovery Channel. Em pensar que parecia que sua televisão só pegava esse canal.

E você que era satisfeita com seu trabalho de recepcionista nem percebeu que agora anda infeliz pensando em como seria legal se sua vida fosse igual à delas.

Seu companheiro, sempre um ótimo marido, fica para escanteio quando o Antonio Fagundes aparece na televisão, afinal se ele fosse seu namorado você seria como elas. Mas ele não é, e ai você chega na conclusão que aquele homem que agüentou e dividiu as melhores e piores fases com você, não fez mais que a obrigação.

Suas atividades mudaram, você corre, anda de bicicleta e faz ginástica loucamente. A maioria dos dias não come nada, mas depois das novelas não tem jeito, você vê que elas continuam lindas e você... Comida é a solução. Come e depois se esconde no banheiro até eliminar toda mágoa que te sufoca.










Momentaneamente resolve, mas logo depois você sai para trabalhar e vê que mudaram os outdoors e que lá estão elas de novo. Você não consegue se lembrar mais da sua vida simples e gostosa. A vontade de entrar em uma calça 36 da Levis e balançar os cabelos como elas, te cegaram.

Anos comprando produtos, anos tapando os ouvidos. Quando percebe, já é tarde demais. As tintas de cabelo já estragaram seus fios, seu rosto está marcado por linhas que deveriam aparecer quando tivesse o dobro da idade que tem, suas unhas estão quebradiças, você nem se reconhece mais.


O padrão de beleza imposto pela mídia acabou com você. Você está doente...

Natália Oliveira


domingo, 27 de abril de 2008

www.web2.0.com

Com o advento da Web 2.0, o papel clássico do jornalista perde suas características. Não é mais este que filtra as informações e decide o que o público terá acesso ou não. Hoje, por meio de blogs e sites, entre outros, o usuário tem possibilidade de gerar conteúdo e acessá-lo com o filtro que melhor atende sua busca.

Há 15 anos, imaginar a Web 2.0 era impossível. No entanto, hoje, é justamente ela que põe em xeque a condição do jornalista, já que a própria imprensa converge desenfreadamente para Web 2.0. Não é mais somente o crítico de cinema que pode tecer seus comentários a respeito das mais novas produções. Qualquer cinéfilo internauta pode fazê-lo. Este exemplo simples se estende aos mais variados assuntos. Por exemplo, o que antes era exclusividade de um determinado profissional que, com repertório e conhecimento de causa, podia discorrer sobre política, hoje pode ser feito por qualquer pessoa com opiniões políticas.


No livro Os Elementos do Jornalismo (2003), de Bill Kovach e Tom Rosenstiel, os autores descrevem este novo modelo por meio do híbrido ‘promidores’. Segundo eles, o público se converte em uma fusão de usuário e provedor. Além disso, identificam a mudança no papel da imprensa, que antes era uma “guardiã da informação” e que hoje não ocupa mais este posto na sociedade contemporânea. A pergunta que fica é: evolução natural da internet ou uma nova tendência?
Jeniffer Villapando

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Eu protesto






Com 21 anos de idade, existem certas coisas que vejo na juventude dos últimos 10 anos que é capaz de deixar qualquer um com o mínimo de bom senso perdido no meio de tantas esculhambações causadas por aqueles que dizem estar fazendo algo "para um bem maior". Analisando tantos fatos lamentáveis ocorridos nos últimos anos, podemos chegar a uma conclusão que pode e deve ser discutida dentro de qualquer meio de comunicação que, por mais que tente, não consegue botar um fim em acontecimentos esdrúxulos que marcam a juventude deste novo século. A conclusão para isso é muito simples: os jovens são incapazes de realizar protestos pacíficos.
Exemplo claro disso tudo foi a vinda do presidente norte-americano George W. Bush ao Brasil, em São Paulo. Apesar de ter sido necessária sua estadia no país em termos políticos, é mais do que compreensível que algumas pessoas protestassem contra isso, já que
Bush não possuí uma notoriedade pública agradável. No entanto, pixar muros com frases "fora Bush" ou desafiar a polícia, que nada mais faz do que o seu trabalho nessas situações, não é uma atitude inteligente perante aos olhos de quem quer preservar a sua cidade, e atitudes como estas trazem desordem e falta de respeito para com os cidadãos que buscam por tranquilidade e por uma cidade organizada. Estes protestos falam muito sobre injustiças, no entanto essas desavenças, estas revoluções e atitudes anarquistas são um grande exemplo de injustiça para com um povo que não gosta de assistir ao Jornal Nacional e ver que a sua cidade virou palco de um espetáculo vergonhoso.


Tornaram-se bem comuns, também, brigas inaceitáveis contra a polícia em inúmeros protestos realizados na Avenida Paulista, na Cidade de São Paulo. Muitos dizem, afirmam e reafirmam que é tudo por uma boa causa e que um dia ira trazer algum efeito que beneficie a todos, mas o que mudou? A única coisa nítida foi uma Avenida importante para o Brasil do porte da Paulista, destruída e um extenso número de jovens feridos por esta "boa causa". Resolveu alguma coisa? Absolutamente nada foi resolvido, os protestos são intensos e violentos, mas nunca resolvem nada. Por quê nunca resolvem nada? É culpa dos políticos? Ou seria culpa da mídia que nada faz para ajudar? Jovens imaturos, despreparados e auto- destrutivos que organizam estes protestos são sim os verdadeiros culpados. O mais chocante é ver a polícia ser alvo nessas manifestações. Mas o que a polícia pode fazer diante de um bando como estes seres? É da obrigação dos policiais tentar impedir estes protestos violentos.



Contudo, sou capaz de afirmar que a mídia mostra uma certa culpa em alguns casos. Recentemente, o Brasil foi atingido por uma tragédia irremediável no caso da menina Isabela. Um acontecimento desta gravidade acabou tornando-se uma grande novela para a mídia. É muito claro que existam protetos para este episódio, no entanto, alguns familiares da menina foram crucificados por um povo ignorante maculado pela mídia. Óbviamente, sou a favor da condenação dos autores deste absurdo, porém sou completamente contra a existir uma vigília de inúmeros protestantes em frente a casa dos avós de Isabela que já foram, inclusive recebidos a pedradas.
Os protestos devem existir. Mas colocar jovens desmiolados e um povo ignorante para fazê-los é um erro gravíssimo. Enquanto existirem manifestações como as citadas, de nada vão adiantar. Nos últimos 10 anos, pelo menos, nos confrontamos com diversas situações desta natureza, no entanto estamos onde estamos e nada mudou. Uma pena, porque existe muita coisa neste país que poderia mudar.

Por Lucas Cardoso