segunda-feira, 26 de maio de 2008

A maior droga consumida pelo homem; hipocrisia






Sempre foi muito comum criticar usuários de drogas. Entre tantos problemas que essas substâncias trazem à sociedade estão a violência e, é claro, o vício que a mesma trás. Mas a verdade é que as drogas são uma das maiores hipocrisias impostas pela sociedade. O que muitos não sabem é que elas estão presentes na vida do homem desde que o mundo é mundo, por assim dizer. O ópio e a papoula da heroína são consumidas há séculos ou até milênios. Então, por quê toda essa especulação para com este assunto? Afinal, o mundo já perdeu a guerra contra as drogas muito antes do que nossas pequenas cabeças possam imaginar. Não é mais possível evitar que hajam pessoas que fumem maconha ou que cherem cocaína. O pó é uma droga que é ou que foi consumida pelos grandes profissionais do nosso mundo. Ainda assim, todos aqueles que usam podem vir a ser discriminados pela sociedade.



Vemos muitos adolescentes curiosos que acabam se tornando usuários depois de um certo tempo, de uma determinada droga. Fumar maconha, querendo ou não, aceitando ou não, é uma coisa normal, principalmente se tratando de jovens. Apesar dos conhecimentos e informações proporcionados pela mídia, internet, livros, etc, a curiosidade ainda é maior. Ansiar por aquilo que é proibido ou perigoso é uma característica bem comum de grande parte dos seres humanos. O que fazem em relação a este assunto dentro de todas essas informações esta completamente errado se pararmos para pensar. Claro que incentivar o uso seria um absurdo, mas mostrar usuários como vagabundos e imprestáveis para o mundo não passa de puro preconceito. A verdade é que ninguém gosta muito de tocar no ponto, e quando tentam, se equivocam um pouco e acabam parecendo hipócritas aos olhos de quem realmente sabe como que este mundo gira. A Rede Globo, por exemplo, exibiu a alguns anos a novela "O Clone". Foi um grande sucesso, elogiada e acompanhada por todo o Brasil. O assunto que mais se destacou no contexto da história foi de uma garota que se tornou viciada em cocaína. Foi uma forma bem crua e bem atrevida de mostrar uma realidade. Mas, por mais difícil que seja acreditar nisso, são raros os casos que chegam ao ponto relatado na novela.








Os usuários, salvo exceções, dificilmente apresentam agressividade com outras pessoas, mesmo quando são viciadas e sentem necessidade do uso. São poucas as substâncias que causam este efeito de maneira imediata. Mesmo assim, os usuários de qualquer droga são tidos como marginais, bandidos e vagais pelo simples fato de usarem. Existem 180 milhões de consumidores no mundo. Ora, então temos 180 milhões de marginais no mundo, seguindo esta medíocre linha que nos foi imposta.




Outro exemplo, inclusive repetido neste blog, é o caso da bebida alcoólica. O ácool, assim como a maconha, cocaína, heroína ou crack, além de também alterar a consciência da pessoa que a consome, vicia e pode matar. No entando, ver alguém bebâdo em um bar é perfeitamente aceitável e este bebâdo será tratado de maneira bem diferente que um usuário de maconha ou de pó. O cigarro mata mais do que qualquer outra droga no mundo e vicia mais do que qualquer outra substância, mas é muito comum e normal quando vemos alguém fumando na rua ao nosso lado. Este é um dos pontos fundamentais que me faz pensar em uma sociedade hipócrita em relação a isto. Defender ou incentivar o uso de drogas é errado e, com o perdão da palavra, até burrice, mas negar o fato delas estarem presentes mais do que nunca no nosso planeta, também é.




O crack está entre as drogas mais mortíferas do mundo. É consumida, aqui no Brasil, geralmente por jovens de rua. A atual cura deste vício, implantada recentemente no Brasil, é a maconha. O uso da erva ajuda a acabar com o vício do crack.



A heroína também aparece entre as mais potentes drogas existentes. Felizmente, não vemos praticamente nada de sua existência dentro do Brasil.

Por Lucas Cardoso

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Diversos fatores externos contribuem para a estupidez, inclusive a falta de senso crítico




Hoje em dia, ganha cada vez mais força o discurso de que os jornais são extremamente superficiais e moldam negativamente um individuo a ponto de o deixar estúpido. Concordo em partes e digo o por que: afirmar logo de cara que o conteúdo jornalístico apresentado pelos veículos de comunicação de massa, em especial os jornais, nos torna estúpidos, pelo perdão do trocadilho creio que seja uma tremenda estupidez.
Antes de condenar ou absolver qualquer imprensa escrita pela incivilidade de alguns, é preciso observar com extrema atenção o ambiente no qual estamos inseridos.
Esse ambiente nos remete à baixa qualidade no ensino público, às desigualdades sociais e culturais que permeiam a sociedade, e ao descaso das nossas autoridades políticas frente a essas situações. Enfim, problemas das mais variadas ordens que, no fim, convergem e influenciam negativamente um mesmo ponto.
O ponto em comum é o espírito crítico que, em muitos, ainda não se desenvolveu por completo. Talvez essa seja a verdadeira estupidez ou falta do adubo – leia-se conhecimento – para o crescimento e amadurecimento da razão crítica. Esta que, em tese, deveria existir na vida de todos nós.
Nota-se que as pessoas estão cada dia mais susceptíveis ao que lêem. Isso é fato. Mas muitos são abarcados não por certa linha editorial presente em alguma matéria jornalística, mas pelas conclusões precipitadas e interpretações confusas que fazem devido a não possuírem um conhecimento satisfatório.
Alguns podem creditar às matérias jornalísticas que circulam no atual cenário a estupidez que toma conta de certas pessoas. Supondo que isso realmente seja verdade, para justificar a existência dos jornais, utilizo uma conhecida frase que de tão usada em épocas de eleições, já ganhou um certo ar de clichê: “Ele rouba, mas faz”, referindo-se a um certo candidato político.
Essa é a imbecilidade expressada por meio de palavras, no entanto, explica muito bem o papel atual do jornalismo. É claro que os veículos seguem cada um a sua própria forma de fazer jornalismo, como já foi dito, alguns deixam explícito em seus textos a linha editorial que defendem. É exatamente aí que quero chegar.
Se os textos jornalísticos da imprensa escrita são tão prejudiciais como alguns insistem em afirmar aos quatros cantos, imagine o que seria de todos se eles não existissem. Ficaríamos dependentes das informações capitadas por nós mesmos, às chamadas empíricas, ou então, àquelas divulgadas por conhecidos. Com certeza, tudo seria muito mais restrito e um pouco mais distorcido. Provavelmente, quem tivesse um espírito crítico pouco apurado, estaria agora muito mais estúpido.
O real problema é que aprendemos a receber tudo mastigado. Ou então, escolher o que nos agrada tendo em vista um leque de opções prontas.
Esse é também um dos males que encaminham os leitores à imbecilidade. Mas o remédio está muito próximo daqueles que não querem ser contaminados. Para entender melhor cada assunto e não ser influenciado, recorra a todos os ângulos possíveis e veículos disponíveis.
Fica claro que a parcela de culpa do conteúdo apresentado pelos jornais é mínima tendo em vista outras razões sociais que permeiam a sociedade.

Autor: EMERSON VIANA

quinta-feira, 22 de maio de 2008

A foto que liberta


Segundo McLuhan, a fotografia instituiu no mundo o bordel sem paredes. Por meio dela, as imagens podem chegar aos mais diversos lugares. Com o advento da fotografia, as obras-primas, que antes não podiam ser copiadas, passaram a ser reproduzidas e comercializadas. Para conhecer a Monalisa, de Leonardo Da Vinci, não é mais preciso ir ao Museu do Louvre, em Paris. Cópias do quadro encontram-se à disposição em várias partes do mundo. Outro quadro muito popular, também de Da Vinci, é o da Última Ceia, que ilustra uma passagem da bíblia e que, com a fotografia, qualquer cristão pôde ter em sua sala de jantar.


Para Walter Benjamin, da Escola de Frankfurt, a reprodução das obras faria com que as mesmas perdessem sua aura e, conseqüentemente, caissem em lugar-comum. Mas Benjamin errou. As obras de arte não perderam sua aura: viraram espetáculo. Tudo passou a ser objeto para o consumo na reprodutibilidade da arte. Nasceu um fenômeno de coisificação das celebridades e de outros ícones de meios artísticos e culturais.

A fotografia figura como uma extensão dos nossos olhos. Devido à tara por imagem provocada pela escopofilia, as imagens nos seduzem. Estas, por mais trágicas e dramáticas que sejam, são sempre embaladas para consumo para cumprir com êxito o princípio da sociedade do espetáculo.


Na prática, a fotografia promoveu uma revolução artística, já que aproximou lugares, obras e celebridades de muitas pessoas. Hoje, o Louvre vem até as pessoas, haja vista que podemos conhecer o famoso museu via web. Atualmente, tem-se também o culto às celebridades por meio de revistas, programas de entretenimento e outras formas de veicular a vida de famosos. Aliás, com uma câmera fotográfica, os paparazzis flagram estas celebridades em momentos inusitados. Em suma, o primeiro grande efeito da fotografia no mundo foi promover uma ação libertadora da arte, já que o artista passou a não precisar mais representar de forma fidedigna o que vê.

Por Jeniffer Villapando

Mundialização: as fronteiras foram rompidas graças ao capitalismo


A Revolução Industrial pode ser considerada o marco zero no processo de mundialização. Antes dela, existia pouco contato entre povos distintos. O comércio era geralmente voltado ao próprio núcleo financeiro do país, com produtos manufaturados, as culturas eram pouco difundidas e o conhecimento pelo diferente era limitado. No máximo, havia alguma relação econômica entre nações vizinhas devido às afinidades religiosas ou então pela semelhança das filosofias seguidas.
De uma forma mais prática, a Revolução Industrial que ocorreu na França, no século XVIII, é o que originou o capitalismo adotado gradativamente pelo mundo. Conseqüentemente, transformou a forma de relacionamento que se existia. Pode-se dizer que as “fronteiras foram rompidas” a partir de então.
Sendo apresentado e estando disponível a quem quisesse, o capitalismo passou a desempenhar um papel de destaque na forma de agir das pessoas, ele instigava cada vez mais a diplomacia, e dava força para que mais acordos fossem estabelecidos.
Importante não esquecer que, a Revolução Industrial seguida pelo capitalismo, derrubou monarquias (na França, principalmente) e também foi propulsora para que guerras e disputas tivessem outro caráter.
O principal propósito não era mais o de guerrear por terras. O intuito fundamental das disputas intrapaíses passou a girar em torno de novos mercados consumidores que poderiam ser adquiridos. Sendo mais extremo na análise, podemos afirmar que o capitalismo mudou a percepção do homem diante do mundo. Seu objetivo principal agora era que o lucro fosse o motivo mais importante, ele burlaria qualquer outra razão (política, religiosa, ideológica, etc) que antes dificultava o contato entre povos extremamente diferentes.
Percebemos hoje que nada mais nos é estranho ou desconhecido. Mesmo ainda existindo formas de se viver totalmente diferentes, ainda sim a tecnologia existente nos permite saber qualquer coisa que queiramos. Sem sombra de dúvidas isso é reflexo da cultura adquirida após a Revolução Industrial. Isto, devido ao fato do capitalismo ter se perpetuado globalmente.


Autor: EMERSON VIANA

quarta-feira, 21 de maio de 2008

saraiva.com.br: R$ 565,90

Entende-se por escopofilia o fetiche por imagens. A compulsão por olhar não é restrita apenas a um determinado grupo de pessoas, mas está presente em todos os indivíduos que compõem uma sociedade. Sem dúvida alguma, a sociedade do espetáculo e a própria era digital contribuíram para que as pessoas se tornassem cada vez mais dependentes dos prazeres visuais que as imagens proporcionam. Entretanto, as pessoas não se fascinam somente por belas imagens - muito pelo contrário. As imagens trágicas e dramáticas têm o poder de seduzir, se não mais, da mesma forma.



Um exemplo clássico são as fotos produzidas pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, profissional reconhecido internacionalmente como um dos melhores fotógrafos contemporâneos. Sebastião especializou-se na produção da “fotografia engajada”. Suas fotos, de maneira extremamente realistas, reproduzem toda a miséria do ser humano, seja no que se refere à dor, ao sofrimento ou à própria pobreza. O curioso é que a indústria do dramático e trágico é rentável: as tragédias sociais fotografadas por Sebastião são admiradas como obras de arte e muitos desembolsam pequenas fortunas para tê-las na estante de casa. Um único livro do fotógrafo pode custar mais do que um salário mínimo. Seja pela tortura da guerra ou pela violência da miséria que atacam diariamente a vida de milhares de brasileiros, o pobre e o sofrido são belos no trabalho deste fotógrafo. Para suas personagens da vida real, que são usados nos retratos, restam apenas sofrimento e lamento.
A violência, aliás, é tema de fetiche de muitas pessoas. O cinema e o áudio-visual colocam espectadores como carrascos em filmes de terror. Para a escopofilia, pouco importa a imagem que satisfaz a curiosidade e o prazer. O importante é realizar o desejo. No terror, as pessoas têm contato com esfaqueamentos, desmembramentos, tortura, tiroteios e outras encenações e demonstrações de violência. Os filmes e outros tipos de comunicação visual satisfazem os pequenos cinemas que possuímos dentro de nossas cabeças e, conseqüentemente, deixa livre a imaginação dos indivíduos.
Por Jeniffer Villapando

Mulheres digitais


Onde estão as mulheres de verdade?


Aquelas que têm marcas de expressões no rosto, sinais adquiridos graças às noites de sono
perdidas com o filho que estava doente? Ou com o filho que chegava de manhã da balada?
As que insistem em reclamar daquela gordurinha a mais, aqueles quilinhos extras ganhos por causa das latas de leite condensado que atacou em momentos de TPM?

Aquelas mulheres mais parecidas comigo, com sua mãe, com suas irmãs?


Onde elas estão?
Nas capas de revistas de beleza?

Sim, muitas delas. Modificadas, claro.
Aquelas marcas que o tempo trouxe junto à experiência foram "magicamente"
apagadas. Lá estão elas, sorridentes, deslumbrantes, impecáveis, com o corpo perfeito e sem nenhuma ruga. Porém elas também são verdadeiras, também sofrem.

Somos ludibriados pelas imagens das tais mulheres perfeitas. Irreais.
Com certeza, aquela mulher na nova capa da Playboy não tem nada “fora do lugar”.
Mas, como isso é possível ?
A resposta é simples: Photoshop.








Afinal, nem a Juliana Paes é perfeita.
























Com o aperfeiçoamento da imagem através do princípio da geometria fractal,
até aquela mulher considerada feia, se torna M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A pela
manipulação da foto.

É arte, é forma. Não seja iludido(a).
É apenas uma imagem criada a partir de complexas equações matemáticas e fórmulas
que permitem que tudo seja modificado com perfeição, embora ela não exista.


Gleyce Miranda

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A Cobra Albina ataca!













No último dia 09/05, sexta- feira, a banda Whitesnake, liderada pelo veterano "deus do Hard Rock", David Coverdale, fez uma apresentação apoteótica na cidade de São Paulo no Credicard Hall para 7 mil pessoas. Quem foi teve o privilégio de ver um Coverdale de 56 anos de idade absolutamente impecável. Além de continuar com o gogó invejável, ainda possuí uma presença de palco cativante e mostrou toda a sua simpatia e descontração com o público insano que tinha perante aos seus pés.





Após 30 minutos de atraso, o show começa com novidades apresentando a música "The Best Years", do mais novo disco "Good To be Bad", lançado no começo deste ano. Mas o show se estabeleceu como único a partir da poderosa "Fool For Your Loving", onde Coverdale mostrou a todos o real talento desta nova formação do Whitesnake. Os guitarristas Doug Aldrych e Reb Beach foram um show à parte em absolutamente todas as músicas. Entrosamento perfeito, harmonias perfeitas. O show seguiu com a clássica "Bad Boys" e o hino "Love Ain't No Stranger" e prosseguiu com mais inéditas do novo album, entre elas, a maravilhosa " Can You Hear The Wind Blow" e "Lay Down Your Love". O show continua em uníssono quando o público escuta os primeiros acordes da balada mais conhecida de David Coverdale, "Is This Love". Momento este que certamente ficará eterno para quem pode presenciá-lo.



O vocalista já tinha o público na palma de sua mão quando apresentou outro grande clássico da banda em "Cryin In The Rain". Desta vez, quem robou a cena foi o baterista Chris Frasier que, no meio da música simplesmente "castigou" a bateria e mostrou grande carisma e simpatia. Depois deste episódio insano, Coverdale aparece sozinho ao lado de Aldrych, que carregava um violão, para uma surpresa e executa de maneira acústica a melosa "The Deeper The Love", canção que vinha sendo pedida em diversas ocasiões. De volta as guitarras, a banda destrói tudo com a atrevida "Give Me All Your Love", um dos pontos altos do show em que Coverdale interagiu com os fãs incentivando-os a cantar junto cada palavra. Para um suposto encerramento, o crooner não poderia ter sido mais feliz ao escolher "Here I Go Again", música conhecida de qualquer fã de Whitesnake e que sempre forma coros do público louco que ali estava. Mas estava longe de ser o suficiente. Todos aqueles apreciadores não iriam deixar Coverdale, simplesmente sair. Após uma breve pausa, ali estava o Whitesnake de volta ao palco com o seu vocalista munido de uma revista playboy. Para tanto, a banda apresenta outro hino antigo "Ain´t No Love In The Heart Of The City" e segue com outra surpresa ao executar "Guilty Of Love", música que não era tocada ao vivo pelo Whitesnake a anos. E, como não poderia faltar, "Still Of The Night" é a próxima a ser apresentada. Improvisos delirantes dos guitarristas Doug e Reb, agudos poderosos e estridentes de Coverdale unidos com o apoio do baixista Uriah Duff fizeram desta uma execução memorável de "Still Of The Night". O show poderia acabar aí mesmo, mas o melhor estava por vir.


Enquanto os fãs anseavam por algo mais, o vocalista do Whitesnake reaparece no palco cantando sozinho a balada "Soldier of Fortune" dos seus velhos tempos de Deep Purple, mas a explosão veio a seguir quando a banda, de volta ao palco, iniciou os primeiros acordes do, talvez maior clássico da vida de David Coverdale quando ainda era um muleque tocando ao lado de monstros quando integrou o Purple. Eis que surge "Burn". Loucura total, fãs malucos balançavam as cabeças, berravam insanamente enquanto a banda mostrava do que era capaz. Coverdale foi um espetáculo à parte e provou que não existe nenhuma diferença entre aquele David Coverdale com o de 30 anos atrás. Foi mesmo para fechar a noite com chave de ouro. Me arrisco a dizer que não terá outro show como este neste ano. Sou muito grato por ter tido a oportunidade de ver esta apresentação memorável. Nos resta aguardar o próximo passo da cobra albina para os seus fãs. Eu, certamente estarei esperando ansioso.





Por Lucas Cardoso




quarta-feira, 7 de maio de 2008


Uma imagem vale mais que mil palavras!

A frase reprisada , revista e quase óbvia não se aplica a toda e qualquer circunstância.
Para alguns a notícia está para o jornalismo assim como um produto está para a fábrica, o fato em si despido de versão e enfoque é algo que beira o utópico.
No mais ás vezes as imagens são usadas justamente para enfatizar os aspectos ou tons sensacionalistas e despertar no leitor alguma leitura sanguínea , emocional a partir de um enfoque desprovido de ética ou do próprio contexto.
Mais do que isso, uma imagem pode até distorcer o fato, dissimular a verdade. Anos atrás a revista Veja trouxe em sua capa a foto do cantor Cazuza em feições cadavéricas, a idéia foi chocar o público e isso a publicação conseguiu.
Ainda na Veja houve uma outra imagem do apresentador Fausto Silva ao lado de um anão , "cover" do cantor Latino, o cidadão aparentava claros sinais de anomalias.
De uma só vez a imagem conseguiu chocar o público e desmoralizar o apresentador.

Fica a pergunta: O que de fato era mais importante apresentar o tema ou chocar o leitor com uma imagem forte?

Maysa Figueiredo

terça-feira, 6 de maio de 2008

Como você vê?








Quem são os animais?

Natália Oliveira

Fotos publicadas no G1 dia 06/05/2008




















quinta-feira, 1 de maio de 2008

Abram-se as cortinas: vem aí a arte dos veículos de comunicação

O século XXI sem dúvidas é o mais intrigante entre os últimos que se passaram. Digo isso não só pela tecnologia existente ou pelos novos instrumentos facilitadores que surgem todos os dias.

A mídia, de uma forma quase que geral, dá mostras da sua verdadeira identidade. A espetacularização da notícia é sua impressão digital nos tempos atuais. Foi-se aquele glamour de se investigar ou correr atrás de situações que fossem desconhecidas e de interesse público.

Hoje, isso custa tempo e dinheiro. O capitalismo selvagem já não dá mais esse tipo brecha àqueles que correm atrás de informações relevantes. Já que tudo precisa ser vendido da forma mais rápida possível, a notícia se torna um produto. O jornalista ou repórter fica apenas com o papel de enfeitar esse produto. O intuito é apresentá-lo de um jeito que todos se interessem e queiram “comprá-lo”.

Até me arrisco a dizer o repórter do século XXI é o maquiador de notícias ou narrador do espetáculo que ele mesmo ajudou a criar. O que se vê é um show pirotécnico em cima das barbáries cometidas contra crianças. Ou então, uma dramatização exagerada dos muitos fatos que chocam a sociedade.

Percebe-se que a imprensa tenta tirar o máximo do sentimento e da emoção de cada entrevistado. Como o cenário atual é bastante novelesco, esse é um ótimo meio de mexer com o emocional alheio e assim atrair mais leitores. Quer dizer, leitores não, talvez, "mais público".

Exatamente, o leitor ou telespectador de ontem, hoje pode ser classificado como público. Quem sabe não é por isso que os teatros têm perdido seus apreciadores com o passar dos dias. Afinal, para quê ir ao teatro se as cortinas já estão sendo abertas fora dele, não é mesmo?

Autor: EMERSON VIANA

Comunicação como um desafio

O processo de comunicação, de uma maneira geral, pode ser considerado uma barreira que precisa ser ultrapassada. Na sua essência, nos convida a um entendimento muito além daquilo que é imaginado de antemão. Enganam-se aqueles que pensam que tudo estará resolvido se aparecer na devida ordem: o emissor, um canal, uma mensagem e um receptor. Esta problemática é muito mais enraizada.

Não devemos nos esquecer que os juízos de valores estão impregnados em tudo que nos cerca. Todo individuo pensante tem dentro de si uma razão própria. Apenas sabendo que esta razão é única em um plano onde há 6,6 bilhões de cabeças, nos damos conta de quão grandioso é esse universo de se entender e de se fazer entendido.

Ao mesmo passo que há essa diversificação de opiniões, hábitos e culturas que moldam o indivíduo a ponto de existir disparidades, também existe o ponto chave que é a significação de cada palavra.

As chamadas palavras homônimas, aquelas que se escrevem da mesma forma, mas que têm significados diferentes, criam outro obstáculo. Nesse caso, usar a palavra certa no contexto errado poderá custar muito caro. Para que aqueles que têm por objetivo uma transmissão de informações tais quais ela aconteceram, isso sem dúvida é mais que um empecilho, talvez um risco.

Os repórteres, como o próprio nome mesmo já diz, são aqueles com a missão de reportar fatos do cotidiano e informações que sejam de interesse público. Os manuais de jornalismo dizem que deve haver imparcialidade e objetividade nessa comunicação.

De fato alguns tentam (mas nunca conseguirão) não fazer juízo de valores quando têm em mãos algo que será divulgado como notícia nos veículos de comunicação. Mas a interpretação é o organismo de tudo isso que já foi apresentado. Como o repórter não tem como fugir das palavras homônimas, daquilo que ele pensa e acredita, e também da interpretação que cada leitor ou telespectador também fará após receber a mensagem, toda essa teoria e regras básicas são burladas.

De momento, resta apenas reconhecermos o grau de complexidade que se esconde atrás da comunicação, seja ela qual for. Definir parâmetros teóricos sem dúvidas é de extrema valia, porém conseguir prová-los, na prática, ainda será um desafio.

Autor: EMERSON VIANA

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mais espetáculo, menos informação...


Há dias, podemos acompanhar passo a passo, detalhe por detalhe do caso Isabella Nardoni. O fato não é mais uma tragédia. A mídia tornou dele um verdadeiro show.

Parece que o mundo parou. Porém os nossos políticos continuam desviando dinheiro, muitas crianças morreram no Rio de Janeiro, vítimas da dengue, outras crianças foram vítimas de maus-tratos, mas estes assuntos não tiveram tanto espaço. Não há outra notícia desde a morte da menina.

O que é trágico, também desperta à atenção do público. Quanto mais drama, melhor. Reconstituições, deduções – os programas se tornaram verdadeiros peritos nesse caso e já têm mais conclusões do que o próprio laudo.

Algumas programações até perderam o bom senso, sem tomar cuidado ao que será reproduzido, faltando até com respeito à família.

Assim como José Arbex Jr. aborda em seu livro “Showrnalismo”, alguns meios de comunicação misturam a realidade e a ficção.

Esse tipo de jornalismo, segundo José "é o enfraquecimento ou total apagamento da fronteira entre o real e o fictício".

Podemos ver que a televisão por diversas vezes, não produz notícias, e sim espetáculos.

Gleyce Miranda





Balança, Brasil!

Fato que me intrigou essa semana: ao pesquisar na Internet, descobri que o programa comandado pelo nada carismático Geraldo Luis, o Balanço Geral – exibido pela rede Record- anda alcançando muitos pontos de audiência.

Há alguns dias, parei pra assistir ao programa. Mais parecia uma comédia. O assunto abordado era sobre uma suposta “loira do banheiro” que aterrorizava estudantes de uma escola. ( Informação que com certeza mudaria a vida de qualquer pessoa! )
A tela da tv se dividia entre a matéria e o apresentador, que simulava um ataque da personagem da matéria no seu estúdio, correndo pra lá e pra cá de uma pessoa com uma peruca loira.

Pensei que não poderia ficar pior. Mas ficou. Logo após veio a história de um plantador que vinha acompanhado de uma legenda bem peculiar:
“Veja o que ele consegue fazer com a banana !”
As pessoas hoje em dia perderam a noção do que é bom ou ruim. O programa tem espaço porque tem audiência. Será que se fosse um jornalismo de qualidade, estaria alcançando esses mesmos pontos? Prenderia tanto a atenção desses telespectadores? Algo preocupante.

Que “jornalismo” é esse? A qualidade foi perdida. Os canais de televisão preferem algo que desbanque as outras emissoras na audiência e esquece o que é essencial : a qualidade e a relevância das informações na vida das pessoas.

E as pessoas...acostumadas a esse tipo de mídia, que nada acrescenta, que nada enriquece o ser humano, se tornam alienadas e “vítimas” desses meios de comunicação, talvez por uma questão de cultura; ou melhor: a falta dela.


Gleyce Miranda

O homem na teia digital...


Quando nos referimos ao termo Web 2.0 logo pensamos no campo da informática e em seu sentido pragmático, já que a segunda geração da World Wide Web, a princípio, aponta para um melhor aproveitamento dos softwares disponíveis, uma vez que permite a personalização e a troca entre os usuários. Mas, mais do que isso, a Web 2.0 é a internet feita pelo internautas. Isso significa uma grande transformação no universo da comunicação social, pois todos podem expor textos, gerar informações e opinar sobre elas através da rede de comunicação virtual. O ambiente on-line agora, a fim de ser mais dinâmico, tem seu conteúdo criado pelos seus usuários.
A Wikipedia, os blogs, os sites de relacionamento, entre outros, inserem-se nesse contexto de criação coletiva, no qual nenhuma informação precisa ser checada antes de se tornar pública.
Assim, todos passam a ter o poder de manipular informações, suscitar reflexões e expor pensamentos, já que a internet permite qualquer tipo de participação dos usuários. Sendo assim, muitos conteúdos colaborativos não transmitem credibilidade, já que muitas vezes não possuem um embasamento confiável.

Esse fenômeno ainda é muito recente e, portanto, ainda é cedo para sabermos até que ponto a mídia digital e, conseqüentemente, a Web 2.0 interferirá na comunicação social e, principalmente, nas produções jornalísticas. Há quem diga que a comunicação caminha para a incorporação total do processo digital colaborativo. Há também aqueles que acreditam que o espaço do jornal impresso e o papel das empresas jornalísticas não sofrerão abalos com o advento da Web 2.0. Mas a história se configura com o decorrer do tempo, portanto, precisamos ainda de muita reflexão sobre o assunto para podermos nos posicionar com mais propriedade sobre o tema.
Camila Silveira

'Des'enciclopédia

Qualquer estudante de jornalismo conhece a importância da checagem de informações antes de se noticiar um fato. Esse exercício é primordial aos jornalistas. Entretanto, tão grave quanto não confirmar informações ou dados é fazê-lo de forma irresponsável, leviana. Por isso, a procura por dados em sites de pesquisa deve ser extremamente cuidadosa. Um dos exemplos clássicos de apuração de dados equivocada é a feita na Wikipédia, enciclopédia digital produzida por usuários.




A Wikipédia faz parte da WEB 2.0, como já foi falado em outro post, e é alimentada e editada por colaboradores. Dessa maneira, qualquer usuário sem a qualificação necessária pode discorrer sobre fatos e informar dados que não conhece. Serviços digitais que são híbridos de enciclopédias não devem servir como fontes. Idem para o conteúdo produzido pela maior parte da WEB 2.0. No mais, apenas para pesquisas de base que dão um conhecimento mínimo sobre determinado assunto. Para matérias jornalísticas, é indispensável que a fonte de pesquisa seja confiável. De preferência, quantas fontes de pesquisa confiáveis forem possíveis.




É importante frisar que as empresas jornalísticas sequer permitem consultas à Wikipédia para colher informações. Para pesquisas despretensiosas, a enciclopédia produzida pelos usuários pode até ser útil, porém não é – nem nunca foi – fonte de pesquisa gabaritada para notícias jornalísticas. O jornalismo exige a precisão que a Wikipédia não é capaz de oferecer.






Por Jeniffer Villapando

O espetáculo da vida


Ao formularmos um texto a ser publicado, logo pensamos nos artifícios que serão usados para deslumbrar e seduzir o nosso leitor. Eis então mais uma expressão da sociedade do espetáculo. Hoje em dia, com a hegemonia da imagem, vivemos o apogeu das produções espetaculares. Textos jornalísticos, programas televisivos, produções artísticas, entre outras formas de expressões humanas, na maioria das vezes, se valem da linguagem do espetáculo para despertar fascinação em seus respectivos consumidores.

A sociedade atual organiza sua realidade em torno dos objetos de contemplação, os quais são mitificados pelo poder imagético do espetáculo, uma vez que transforma os aspectos concretos da vida em aparências ilusórias. Como diz Guy Debord, “tudo o que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação”.

Vivemos o auge do processo do espetáculo. Nossas roupas, nossos perfis expostos na internet, nosso modo de estar no mundo, tudo reflete o momento histórico em que vivemos e, portanto, todas as manifestações devem ser gloriosas e extasiar o outro. Os meios de comunicação, por sua vez, também refletem fortemente os traços da sociedade do espetáculo, pois as produções midiáticas possuem valor mercadológico e, sendo assim, precisam deslumbrar o olhar dos leitores e telespectadores.

Os indivíduos acabam por contemplar e consumir passivamente imagens, cujo conteúdo reflete tudo o que lhes falta em sua existência real. Da mesma forma, buscam também transformar suas vidas em algo grandioso, espetacular, a fim de alimentar e seduzir o próximo. E é por isso que este texto também se insere nesse contexto e tem pretensões de ser um absoluto espetáculo.

Camila Silveira

Entre bebidas e cigarros










É verdade que devemos ser a favor de todo o tipo de manifestação contra cigarros. O preço de um maço de Marlboro é de R$ 2,90, mas é capaz que, mesmo muitos fumantes acharem caro, continue sendo barato, principalmente se levarmos em conta o preço do cigarro na Europa e nos E.U.A. Esta substancia deve sim ser evitada por jovens e divulgar avisos sobre os problemas que os fumantes adquirem com o passar dos anos esta mais do que correto.



Porém, existem outras coisas que também deveriam ser bem obervadas, mas não são. É bem capaz que muitos discordem, mas a bebida alcoólica pode ser muito pior do que o cigarro, no entanto não é tratada como tal. Hoje em dia é proibido fumar em muitos bares, mas beber três ou quatro copos de uísque ou de caipirinha, onde ambos possuem um teor alcoólico alto o suficiente para causar embriagues, é perfeitamente permitido. Qualquer indivíduo embriagado pode ser um perigo, não só para sí próprio, mas também para aqueles que estão a sua volta. Já se tornou comum aparecerem notícias nos jornais mostrando acidentes de trânsito causados por bêbados inconsequentes, porém a censura quanto a bebidas alcoólicas é muito fraca. Há anos que não são mais permitidas propagandas de cigarros na televisão. Hoje, os únicos lugares onde existem propagandas de marcas de cigarro são nos pontos de vendas. Mas ainda vemos comerciais de cerveja, uísque, cachaça e vodka. Me arrisco a dizer que isso não passa de uma tremenda hipocrisia. Todos sabem dos males que o cigarro trás na vida de uma pessoa, mas o
que ninguém pensa, e deveria pensar é que o cigarro é um mal que atinge apenas aquele que fuma. É normal que existam pessoas que não gostem do cheiro e que se sintam incomodadas. É normal e compreensível, mas um fumante ao volante com o cigarro aceso não apresenta perigo para outros motoristas. Porém, uma pessoa embriagada pode ser letal dentro do trânsito. É um fato contra o qual não existem argumentos: qualquer bebida alcoólica existente pode alterar de uma forma considerável o modo de agir de qualquer um. Muitos se tornam agressivos e inconvenientes e são atingidos por uma consequência bastante desagradável. Mal estar, enjôo, dor de cabeça, tonturas, pressão baixa e fortes ânsias de vômito são algumas destas consequências para um indivíduo que se aventure em beber além do que o seu corpo lhe permite. Com tanto a ser debatido e controlado, por quê, até agora ninguém se propôs a mostrar tudo isso da mesma maneira como mostram os diversos problemas que o cigarros trás?
Seria o álcool menos prejudicial do que a nicotina?
O fato é que ambos trazem muito prazer para quem os consome, e aqueles que conhecem os próprios limites para ambas as substâncias não apresentam graves problemas. afinal, qual é o problema em tomar uma cerveja com uns amigos e fumar um cigarro depois do almoço?






Mas e o vício? É bom que fique claro de uma vez: nicotina vicia, mas quando alguém esta sujeito a se tornar escravo da bebida, a situação se torna muito mais crítica para este ser. O que é muito estranho é que este problema é pouco divulgado. Todos sabem que o cigarro causa câncer, impotência sexual, dificuldade de respirar e pode levar a uma morte prematura. Isso esta estampado na nossa testa desde muito antes dos comerciais serem proibidos. Mas fala-se muito pouco do que a bebida é capaz de fazer. O álcool pode destruir uma família e o máximo que nós vemos é um discreto "beba com moderação". Não é o suficiente.
Se olharmos nossa história, vamos bater de frente com diversas
figuras emblemáticas que se tornaram vítimas do alcoolismo, muito mais do que a nicotina. Existem diversos grupos de apoio para viciados em bebidas, incontáveis casos de cirrose ou morte por embriagues e ainda assim a mídia e o governo permitem que existam diversos comerciais sobre diferentes tipos de bebidas alcoólicas. É preciso existir uma coerência para uma assunto delicado como este. Durante este longo texto eu indaguei o meu inconformismo perante a este tema, afinal, é muito difícil de engolir uma trapaça dessas. No meu modo de ver, nós deveríamos colocar tudo isso em cima de uma balança e observar o que pode ser evitado. É muito errado inibir uma pessoa de sentir o prazer de fumar um cigarro ou de tomar um copo de uísque, desde que seja feito com responsabilidade, mas também não é certo ressaltar tantos problemas de uma substância que é, de fato, perigosa como o cigarro e esquecer o quanto a bebida pode ser letal para uma comunidade. Digo tudo isso como um fumante de Marlboro que já passou por momentos vergonhosos com a bebida, por isso que, talvez, eu tenha sido capaz de expressar esta opinião.




Por Lucas Cardoso

terça-feira, 29 de abril de 2008

Salve, salve hipertexto!


Esses dias cheguei no meu trabalho e fui recebida por um bilhete que estava grudado no monitor do meu computador, dizia o seguinte:

“Naty, vê pra mim a receita do bolo que a Ana Maria Braga fez hoje?

Depois passo para pegar

Beijos Nete da cozinha”

Eu torci o nariz quando vi o recado, minha mesa estava entortando de tão cheia e a Nete vem com essa de receita de bolo? Guardei minha bolsa e reclamando entrei no site da Globo convencida que perder os primeiros minutos do meu dia procurando receitas era melhor que ouvir lamentações o resto da semana. Li as primeiras notícias na página principal e depois de alguns cliques lá estava o bolo de macaxeira com calda de laranja.
Macaxeira?
Eu comecei a rir quando li, nunca tinha ouvido falar nisso antes. Tentei imaginar o que poderia ser uma macaxeira e pior, um bolo disso com calda de laranja. Dei uma olhada nos ingredientes e, entre os ovos e a xícara de leite, lá estava a macaxeira cozida, fria e sem fiapos. Tentei apenas copiar a receita sem questionar, mas não consegui.

Prefiri não ficar na dúvida e recorri ao Google. Vários links, vários textos e a mesma explicação: macaxeira é um dos sinônimos usados para mandioca.
Distraída continuei lendo os tipos da raiz, até que cheguei na mandioca-brava, mais uma, o autor do texto não colocou a descrição da danada e me deixou com a pulga atrás da orelha. Lá fui eu de novo, Google, mandioca-brava. Outro site, outro texto, um novo significado: mandioca-brava é nomeada dessa forma, pois possui um ácido que é venenoso se não for destruído pelo calor do cozimento ou do sol...

A Nete chegou. Copiei a receita rapidinho e a entreguei. Ela sorriu e eu devolvi o sorriso. Voltamos ao trabalho, ela pensando no bolo e eu satisfeita por ter aprendido, na prática, o que era o tal do hipertexto. Um texto que te remete a outro texto...
Natália Oliveira

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Mulheres do século XXI




Elas estão nas propagandas de shampoo, nos comerciais de adoçante, na novela das oito e na revista Caras. Elas conseguem ter o cabelo, o rosto e o corpo perfeito. Elas têm tudo e ainda aparecem na televisão. Elas desfilam, são atrizes, cantoras e para melhorar nunca estão tristes. Seus sorrisos brancos e seus seios grandes... Lindas!



Você nem percebeu, mas de um tempo para cá você vê mais revistas de moda, programas de desfiles e novelas do que antes. Aliás, faz tempo que você não assiste a programação do Discovery Channel. Em pensar que parecia que sua televisão só pegava esse canal.

E você que era satisfeita com seu trabalho de recepcionista nem percebeu que agora anda infeliz pensando em como seria legal se sua vida fosse igual à delas.

Seu companheiro, sempre um ótimo marido, fica para escanteio quando o Antonio Fagundes aparece na televisão, afinal se ele fosse seu namorado você seria como elas. Mas ele não é, e ai você chega na conclusão que aquele homem que agüentou e dividiu as melhores e piores fases com você, não fez mais que a obrigação.

Suas atividades mudaram, você corre, anda de bicicleta e faz ginástica loucamente. A maioria dos dias não come nada, mas depois das novelas não tem jeito, você vê que elas continuam lindas e você... Comida é a solução. Come e depois se esconde no banheiro até eliminar toda mágoa que te sufoca.










Momentaneamente resolve, mas logo depois você sai para trabalhar e vê que mudaram os outdoors e que lá estão elas de novo. Você não consegue se lembrar mais da sua vida simples e gostosa. A vontade de entrar em uma calça 36 da Levis e balançar os cabelos como elas, te cegaram.

Anos comprando produtos, anos tapando os ouvidos. Quando percebe, já é tarde demais. As tintas de cabelo já estragaram seus fios, seu rosto está marcado por linhas que deveriam aparecer quando tivesse o dobro da idade que tem, suas unhas estão quebradiças, você nem se reconhece mais.


O padrão de beleza imposto pela mídia acabou com você. Você está doente...

Natália Oliveira


domingo, 27 de abril de 2008

www.web2.0.com

Com o advento da Web 2.0, o papel clássico do jornalista perde suas características. Não é mais este que filtra as informações e decide o que o público terá acesso ou não. Hoje, por meio de blogs e sites, entre outros, o usuário tem possibilidade de gerar conteúdo e acessá-lo com o filtro que melhor atende sua busca.

Há 15 anos, imaginar a Web 2.0 era impossível. No entanto, hoje, é justamente ela que põe em xeque a condição do jornalista, já que a própria imprensa converge desenfreadamente para Web 2.0. Não é mais somente o crítico de cinema que pode tecer seus comentários a respeito das mais novas produções. Qualquer cinéfilo internauta pode fazê-lo. Este exemplo simples se estende aos mais variados assuntos. Por exemplo, o que antes era exclusividade de um determinado profissional que, com repertório e conhecimento de causa, podia discorrer sobre política, hoje pode ser feito por qualquer pessoa com opiniões políticas.


No livro Os Elementos do Jornalismo (2003), de Bill Kovach e Tom Rosenstiel, os autores descrevem este novo modelo por meio do híbrido ‘promidores’. Segundo eles, o público se converte em uma fusão de usuário e provedor. Além disso, identificam a mudança no papel da imprensa, que antes era uma “guardiã da informação” e que hoje não ocupa mais este posto na sociedade contemporânea. A pergunta que fica é: evolução natural da internet ou uma nova tendência?
Jeniffer Villapando

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Eu protesto






Com 21 anos de idade, existem certas coisas que vejo na juventude dos últimos 10 anos que é capaz de deixar qualquer um com o mínimo de bom senso perdido no meio de tantas esculhambações causadas por aqueles que dizem estar fazendo algo "para um bem maior". Analisando tantos fatos lamentáveis ocorridos nos últimos anos, podemos chegar a uma conclusão que pode e deve ser discutida dentro de qualquer meio de comunicação que, por mais que tente, não consegue botar um fim em acontecimentos esdrúxulos que marcam a juventude deste novo século. A conclusão para isso é muito simples: os jovens são incapazes de realizar protestos pacíficos.
Exemplo claro disso tudo foi a vinda do presidente norte-americano George W. Bush ao Brasil, em São Paulo. Apesar de ter sido necessária sua estadia no país em termos políticos, é mais do que compreensível que algumas pessoas protestassem contra isso, já que
Bush não possuí uma notoriedade pública agradável. No entanto, pixar muros com frases "fora Bush" ou desafiar a polícia, que nada mais faz do que o seu trabalho nessas situações, não é uma atitude inteligente perante aos olhos de quem quer preservar a sua cidade, e atitudes como estas trazem desordem e falta de respeito para com os cidadãos que buscam por tranquilidade e por uma cidade organizada. Estes protestos falam muito sobre injustiças, no entanto essas desavenças, estas revoluções e atitudes anarquistas são um grande exemplo de injustiça para com um povo que não gosta de assistir ao Jornal Nacional e ver que a sua cidade virou palco de um espetáculo vergonhoso.


Tornaram-se bem comuns, também, brigas inaceitáveis contra a polícia em inúmeros protestos realizados na Avenida Paulista, na Cidade de São Paulo. Muitos dizem, afirmam e reafirmam que é tudo por uma boa causa e que um dia ira trazer algum efeito que beneficie a todos, mas o que mudou? A única coisa nítida foi uma Avenida importante para o Brasil do porte da Paulista, destruída e um extenso número de jovens feridos por esta "boa causa". Resolveu alguma coisa? Absolutamente nada foi resolvido, os protestos são intensos e violentos, mas nunca resolvem nada. Por quê nunca resolvem nada? É culpa dos políticos? Ou seria culpa da mídia que nada faz para ajudar? Jovens imaturos, despreparados e auto- destrutivos que organizam estes protestos são sim os verdadeiros culpados. O mais chocante é ver a polícia ser alvo nessas manifestações. Mas o que a polícia pode fazer diante de um bando como estes seres? É da obrigação dos policiais tentar impedir estes protestos violentos.



Contudo, sou capaz de afirmar que a mídia mostra uma certa culpa em alguns casos. Recentemente, o Brasil foi atingido por uma tragédia irremediável no caso da menina Isabela. Um acontecimento desta gravidade acabou tornando-se uma grande novela para a mídia. É muito claro que existam protetos para este episódio, no entanto, alguns familiares da menina foram crucificados por um povo ignorante maculado pela mídia. Óbviamente, sou a favor da condenação dos autores deste absurdo, porém sou completamente contra a existir uma vigília de inúmeros protestantes em frente a casa dos avós de Isabela que já foram, inclusive recebidos a pedradas.
Os protestos devem existir. Mas colocar jovens desmiolados e um povo ignorante para fazê-los é um erro gravíssimo. Enquanto existirem manifestações como as citadas, de nada vão adiantar. Nos últimos 10 anos, pelo menos, nos confrontamos com diversas situações desta natureza, no entanto estamos onde estamos e nada mudou. Uma pena, porque existe muita coisa neste país que poderia mudar.

Por Lucas Cardoso


segunda-feira, 31 de março de 2008

Crianças do século XXI



Há alguns dias atrás estou atenta ao comportamento das crianças desta nova geração e mesmo não sendo tão vivida assim, percebo muitas diferenças. Infelizmente a maioria delas não é lá muito positiva.
Conversando com uma garotinha chamada, Thais, sete anos, perguntei a ela do que ela costumava brincar com suas amigas e como era sua relação com os colegas no colégio.
Surpreendi-me com a reposta. "O que eu mais gosto é de jogar Nintendo Wii com meu irmão mais velho e as minhas colegas da escola, eu tenho todas elas no Orkut e no Messenger.

Perguntei-a, mas você não brinca de boneca, casinha, não joga bola?
"Não é muito difícil, como eu moro em apartamento não tem espaço e minha mãe fica preocupada de me deixar brincar no prédio.

Reparei também no seu vasto e atual repertório musical, a garotinha com apenas sete anos, sabia de cor e salteado os mais novos funks e a única coisa "melhor" que podia escuta- La cantar era as músicas da novela mexicana "Rebeldes".

Todas estas informações me fizeram relembrar os desenhos que eu assistia junto com minha irmã. Nossas brincadeiras eram inocentes, como acredito que deva ser uma criança. Recordei as tardes que brincávamos com outras de crianças de casinha, cobra cega, ciranda, desfile de roupas da mamãe e outras tantas brincadeiras que nos faziam interagir com outras crianças e não com os aparelhos eletrônicos.

Pergunto-me, como estas crianças vão agir diante de uma discussão, como por exemplo, a que minha colega de grupo Gleyce citou em seu texto?
Difícil imaginar que uma geração que passa horas em sites de relacionamento e brinca com jogos eletrônicos a maios parte do tempo, conseguirá se relacionar com as pessoas na vida, se em sua infância não tem oportunidade de aprender a expressar e controlar suas reações e sentimentos no relacionamento com outras crianças.

Maysa Figueiredo

Ela deveria transmitir uma mensagem...

O alarme do meu celular anuncia: 17:30 horas! Ansiosamente aguardava por esse horário. Fim do expediente. Estava exausta, queria apenas chegar em casa e dormir. No entanto, sabia que ainda devia ir à faculdade.
Então, caminhando até o ponto de ônibus, me vinham pensamentos na cabeça: "não posso esquecer de postar no blog. Mas sobre o que falar?"
Ônibus lotado. Trânsito que parecia não ter mais fim. Mochila pesada, mas nenhuma pessoa que estava ali sentada ofereceu para segurá-la enquanto o ônibus balançava e me fazia desequilibrar. Isso poderia ter evitado algo desastroso para outra pessoa há alguns metros do mesmo veículo.
Já na metade do caminho, ouço gritos. Duas mulheres histéricas. Agora ninguém mais pensava no cansaço, no congestionamento, pois elas se tornaram o centro das atenções.
Uma acusava a outra a outra de ter jogado a bolsa em seu rosto de próposito em uma freada e ter ainda dado uma risada "irônica" , em uma freiada. A outra alega que foi acidentalmente. Naquele escândalo, a suposta vítima diz: "você fez isso porque você é racista!"
Oras, a briga não era apenas por causa de uma bolsa?
A briga se agrava. Elas quase saem aos tapas, dizendo que vão resolver o assunto lá fora: "se você tem coragem de me bater aqui dentro, quero vê se você é mulher também pra me bater lá fora!"
Tudo por um mal entendido que poderia ser resolvido em questão de segundos. Um simples "desculpas" poderia resolver. Apenas uma palavra.

Graças ao avanço da humanidade - e consequentemente a tecnologia - a transmissão de uma mensagem se torna cada vez mais avançada à longas distâncias. E como é possível que pessoas tão próximas ainda tenham barreiras na hora de se comunicar?

E para completar, diante dessa confusão, perdi o o ponto que eu ia descer. É, por uma falta de comunicação, o motorista também não conseguiu entender que eu precisava descer um ponto antes, onde eu apertei o sinal e ele deveria ter parado... mas não parou.

Gleyce Miranda

Sempre em evolução...

Relógio? Calendário? Máquina de calcular?
Oras, pra que tudo isso? Qual o motivo para ocupar tanto espaço? Que coisa mais ultrapassada!
Fico imaginando que essas perguntas um dia poderão vir dos meus filhos.
Hoje na minha mesa tenho logo na minha frente um calendário (esses que se ganham daqueles fornecedores das empresas no fim do ano, sabe?)
Confesso que coisa raríssima é olhar para aquele papel. Dali ele só sai quando é preciso limpar a mesa.
Logo ao lado, tenho uma calculadora. Eu até uso às vezes.
Tudo isso porque quando eu chego ao escritório a primeira coisa que faço é tirar o celular da bolsa e deixá-lo do lado do computador. Nele, eu tenho acesso às ferramentas que hoje se tornam figuras decorativas em cima da minha mesa.
O relógio? Nem uso. Tenho o do celular.
Dicionário? Só em sala de aula... é só "jogar no google" que em menos de 10 segundos vou obter diversos significados da palavra que procuro.
Assim, tudo se torna cada dia mais prático. Cada vez temos mais ferramentas embutidas em um aparelho só. Estamos em constante progresso sempre. Que maravilha! O pr0gresso que tanto McLuhan falava.
E cada vez mais precisamos dessa evolução, dessa tecnologia. E nunca estamos satisfeitos: quanto melhor as ferramentas do dia-a-dia se tornam, melhor ainda queremos que elas fiquem...


Gleyce Miranda

Sociedade modificada


Ouvindo a música, intitulada, “Pela internet” do compositor e intérprete Gilberto Gil, consegui desenvolver uma reflexão sobre como as extensões do homem, por exemplo, a internet, facilita nosso dia a dia e como se tornou tão importante ao ponto de nos tornar dependentes.

“Criar meu web site, fazer minha home Page. Com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje”. Este é um trecho da música que expõe como se tornou fácil conhecer e ir a outros lugares através da internet. A linguagem usada pelo grupo de pessoas que utilizam esta extensão se adaptou ao cotidiano das pessoas que vivem na a “era tecnológica”.

“Eu quero entrar na rede, promover um debate, juntar via internet um grupo de tiétes de connecticut”. Com a agilidade da internet podemos nos comunicar e interagir com pessoas do outro lado do mundo, quem não se adapta ou não consegue assimilar toneladas de novas informações que vem modificando cada dia mais nossas vidas é automaticamente excluído dos grupos que são formados pela sociedade que busca cada vez mais conhecimentos dentro da tecnologia que torna nossos dias mais práticos.

Seria difícil para geração de hoje retroceder e viver sem a internet e todas as outras extensões criadas pelo homem, que foi modificando e na verdade quem mais se modificou nos últimos tempos.

Hoje não seria incapaz de resolver minhas tarefas de trabalho sem internet, mas garanto que teria muita dificuldade para isso. Outro exemplo é estudar, para ingressar em um curso universitário, hoje é necessário acessar a internet, pois o sistema criado pela maioria das universidades oferece aulas a distância e disponibiliza seus dados acadêmicos em um site,logo caso não tivesse acesso, não poderia pertencer a este grupo de pessoas.

Acredito que as extensões criadas pelo homem se tornaram vícios e de certa forma padroniza e estabelece regras para continuarmos vivendo em sociedade sem deixar de pertencer ao mesmo grupo, tendo além de tudo imagem de Status quem está sempre antenado as mais inovadoras criações tecnológicas.

A ultima parte da música consegue transmitir isso. ”O chefe da polícia, carióca avisa pelo celular que lá na praça onze tem um videopôquer, para se jogar”...
Maysa figueiredo

O bairrismo que aqui impera

A cidade de São Paulo é conhecida por ser, não só a mais importante cidade do país, como também da América Latina, por sua economia, sua cultura e por ser uma metrópole de nível Beta (ou seja, apresenta relevância também para o mundo). Além disso, São Paulo também mostra seus pontos turísticos, bares, boates, parques e uma grande variedade de diversão e entretenimento. Muitos paulistanos bairristas afirmam que seria o fim do Brasil sem o estado paulista.




Avenida Paulista movimentada à noite





Do lado de São Paulo estão os vizinhos cariocas. O Rio de Janeiro recebeu o título de 'cidade maravilhosa' na década de 1930, quando esta ainda estava soberana em tudo perante ao país. Porém, com o tempo, o Rio viu-se como segunda principal cidade do Brasil e ex-capital nacional. Hoje os cariocas recebem turistas todo o ano. Muitos gringos querem ver de perto os tão comentados Pão de Açucar e Cristo Redentor e dar um mergulho nas praias de Ipanema e Copacabana. Grande parte da economia carioca é baseada no turismo da cidade.


Vista do Corcovado para o resto do Rio

Mas, por quê falar de tudo isso? O propósito é ressaltar o bairrismo predominante e a rivalidade existente entre as duas cidades.
São Paulo e Rio de Janeiro são as duas cidades mais importantes do Brasil em praticamente todos os sentidos, mas paulistas e fluminenses se sucumbem a uma briga (isso mesmo, uma briga) que existe desde que o Brasil se conhece por ser independente, ou talvez antes. Mas qual é o motivo desta briga? É possível analisar ambos os lados. Paulistas e paulistanos são consideradas pessoas estressadas por fluminenses e cariocas, que são, por sua vez, considerados folgados pelo povo de São Paulo.

Mas é ainda mais do que isso. Estas capitais ainda brigam para ver qual é a principal cidade do Brasil, mesmo o título já sendo de São Paulo. Além disso, os bairristas de cada território discutem os principais problemas dos rivais e esquecem do seu próprio. Engarrafamentos, atendimentos públicos precários, poluição e violência são problemas ligados a ambas, no entanto são debatidos como se apenas uma das duas fosse portadora destas complicações.

Apesar disso, o bairrismo pode ser um trunfo para beneficiar uma cidade. Cuidar e amar o seu lugar de origem e querer apenas o seu melhor, mesmo com todas as rivalidades e rixas existentes, é um trunfo, é uma vantagem, muito mais do que um problema. As desavenças entre São Paulo e Rio de Janeiro podem ser algo ruim para o país, mas se todos fossem bairristas conscientes, que colocassem suas cidades como prioridade sem esquecer do país, talvez o nosso Brasil estivesse em uma situação melhor. Não é pensando em ver um estado rival em ruínas ou apoiar o separatismo em certas partes do território nacional que vamos ver o nosso país crescer ou melhorar. Devíamos ser uma unidade que pensa nos principais interesses do nosso lugar de origem, afinal, antes de sermos paulistanos ou cariocas, somos todos brasileiros. O bairrismo faz as pessoas esquecerem disso, por isso é um trunfo mal aproveitado, ou muito mal administrado.

Infelizmente nós vemos muitos cidadãos brasileiros desejarem o pior para a cidade vizinha por causa desta rivalidade. É muito difícil dar uma boa olhada para tudo isso e querer que toda essa briga simplesmente acabe. Não é assim que as coisas são e não é isso que vai acontecer. Esta rixa já se prolongou demais para acabar sem mais nem menos. A impressão que dá é que, com o passar dos anos, estes fatos pioraram desde que tudo começou. Minha conclusão é: se é tão difícil deixar de lado o bairrismo do jeito que é, vamos usá-lo a nosso favor. Vamos cuidar, preservar e amar o que é nosso. Vamos nos preocupar com os mínimos detalhes que são da responsabilidade dos cidadãos. No fim, é o que faz a diferença.

Por Lucas Dias Cardoso

Televisão e entorpecimento





Na semana passada, a Rede Globo exibiu a final de um dos programas recordes de audiência na televisão brasileira, o Big Brother Brasil. Milhares de brasileiros dedicaram um momento de suas vidas para assistir a uma versão pós-moderna da encenação da vida humana e, dessa forma, ver seu próprio reflexo refletido na tela.


Dos meios de comunicação de massa existentes, a televisão é o que expressa de maneira mais eficaz a idéia de Mcluhan que defende que os meios de comunicação são extensões do homem e seus efeitos estão relacionados com a maneira como estes atuam sobre a percepção humana. A televisão entorpece os sentidos de seus telespectadores, já que se apresenta como uma extensão do homem, num material que não pertence a ele. A imagem fascina e mostra-se, segundo Macluhan, como um agente “produtor de acontecimento”, mas não “agente produtor de consciência”.


Quando ligamos a televisão durante o horário nobre, nos deparamos com programas cuja principal função é agradar e satisfazer o telespectador ao invés de suscitar reflexões críticas, ou então aguçar sua sensibilidade. As novelas, por exemplo, reproduzem estereótipos e expressam o modo de vida da elite dominante e, conseqüentemente, ocultam as verdadeiras condições sociais do país. Dessa forma, somos afastados de assuntos de interesse público e conduzidos ao universo do consumo desenfreado e da alienação.


Os noticiários de TV, por sua vez, na tentativa de oferecer-nos o mundo inteiro num instante, acabam por nos afastar da realidade concreta, da noção de tempo e espaço. Temos a sensação de que fomos informados sobre tudo, porém de nada sabemos.


Ao contemplar extensões de nós mesmos sob forma tecnológica, acabamos por adotá-la e incorporá-la em nosso cotidiano. Entretanto, assistimos a um reality show ou um telejornal para nos distrair, entorpecer e, dessa forma nos tornamos indiferentes, anestesiados e impossibilitados de fazer reflexões mais profundas sobre as questões que nos rodeiam.


Camila Silveira