quinta-feira, 1 de maio de 2008

Comunicação como um desafio

O processo de comunicação, de uma maneira geral, pode ser considerado uma barreira que precisa ser ultrapassada. Na sua essência, nos convida a um entendimento muito além daquilo que é imaginado de antemão. Enganam-se aqueles que pensam que tudo estará resolvido se aparecer na devida ordem: o emissor, um canal, uma mensagem e um receptor. Esta problemática é muito mais enraizada.

Não devemos nos esquecer que os juízos de valores estão impregnados em tudo que nos cerca. Todo individuo pensante tem dentro de si uma razão própria. Apenas sabendo que esta razão é única em um plano onde há 6,6 bilhões de cabeças, nos damos conta de quão grandioso é esse universo de se entender e de se fazer entendido.

Ao mesmo passo que há essa diversificação de opiniões, hábitos e culturas que moldam o indivíduo a ponto de existir disparidades, também existe o ponto chave que é a significação de cada palavra.

As chamadas palavras homônimas, aquelas que se escrevem da mesma forma, mas que têm significados diferentes, criam outro obstáculo. Nesse caso, usar a palavra certa no contexto errado poderá custar muito caro. Para que aqueles que têm por objetivo uma transmissão de informações tais quais ela aconteceram, isso sem dúvida é mais que um empecilho, talvez um risco.

Os repórteres, como o próprio nome mesmo já diz, são aqueles com a missão de reportar fatos do cotidiano e informações que sejam de interesse público. Os manuais de jornalismo dizem que deve haver imparcialidade e objetividade nessa comunicação.

De fato alguns tentam (mas nunca conseguirão) não fazer juízo de valores quando têm em mãos algo que será divulgado como notícia nos veículos de comunicação. Mas a interpretação é o organismo de tudo isso que já foi apresentado. Como o repórter não tem como fugir das palavras homônimas, daquilo que ele pensa e acredita, e também da interpretação que cada leitor ou telespectador também fará após receber a mensagem, toda essa teoria e regras básicas são burladas.

De momento, resta apenas reconhecermos o grau de complexidade que se esconde atrás da comunicação, seja ela qual for. Definir parâmetros teóricos sem dúvidas é de extrema valia, porém conseguir prová-los, na prática, ainda será um desafio.

Autor: EMERSON VIANA

3 comentários:

RihoCahelo disse...

Não creio que repórteres tenham problemas com homônimos, e sim com palavras ambíguas.

Emerson Viana disse...

Sabendo-se que a maioria dos termos vocábulos dos dias atuais têm mais de um significado, creio que não haja grande diferença entre homónimos e a ambiqüidade...

Márcio disse...

Tá no caminho. Precisa ler mais, só isto. E não reclame sobre essa observação.
Rs.