domingo, 30 de março de 2008

O cotidiano na sociedade da informação


São Paulo, sexta-feira, 28 de março. Véspera de final de semana. Depois de uma semana de trânsito frenético, ritmo desenfreado de trabalho e bombardeio de informações, estava ansiosa para poder me entregar ao ócio, sair com os amigos, viver, pelo menos um pouco. Então, entrei no ônibus e, para amenizar o desespero que o trânsito da cidade desperta em qualquer ser vivente, peguei meu celular para combinar o passeio da tão esperada sexta-feira.

Eis que, na era da informação e dos avanços tecnológicos, o sistema da operadora do meu celular entra em colapso. Resultado: não era possível fazer e nem receber chamadas. A ansiedade, que já é um senso-comum na vida moderna, ficou então mais angustiante e acirrada. Como viver sem celular? Essa questão suscitou, então, muitas reflexões acerca da importância crescente que os meios de comunicação adquirem nas nossas vidas e as transformações que provocam nos nossos estilos de vida.

Não precisamos pensar em tempos muito remotos, para discorrermos sobre como seria a vida sem os “milagres tecnológicos”. Ao pensarmos em como era a vida dos nossos avôs, ou mesmo pais, sem internet, celular ou microondas, temos a sensação de que a vida em sociedade, da forma como a concebemos, era muito difícil.

Hoje em dia, nos tornamos dependentes da tecnologia e da comunicação em rede. Quando somos afastados da rapidez e comodidade proporcionadas pela era digital, nos sentimos inseguros e perdidos no tempo e no espaço. Além disso, os meios de comunicação transformam nossos pensamentos, moldam nosso cotidiano e destroem fronteiras. Dessa forma, o mundo retrai-se nas suas dimensões virtuais, tornando-se, de acordo com o conceito criado por Mcluhan, em uma aldeia global, enquanto a potencialidade do homem alcança uma escala planetária. Adaptamos nossa vida à velocidade das informações e somos tomados pela euforia da vida moderna.

Depois de tantas questões despertadas por um pequeno caos, cheguei em casa e, enfim, fiz ligações do telefone fixo e entrei no ritmo da sociedade da informação...


Camila Silveira

Um comentário:

Carlos Gomes disse...

É incrível como ficamos perdidos diante de todas essas questões né Camila? Talvez devemos nos entregar sim a era da tecnologia que vivemos,porque também não temos muita opções,se não a fizermos ficamos para trás. Mas cabe a cada um de nós tomar cuidado para o limite que existe em tudo. Achei muito interessante por exemplo uma campanha que teve nesse sábado que passou(29/03),o WWF intitulou como "Hora da Terra",os cidadãos do mundo e também empresas,deveriam apagar todas as luzes no intervalo das 20h às 21h.Só pra constar,a belíssima ponte "Golden Gate"em São Francisco(EUA)tinha iluminação somente dos faróis dos veículos. Certamente houve redução no consumo de energia,mas o legal disso tudo é a atitude, a iniciativa de mudar algo,não é mesmo?Como fiquei sabendo só no domingo não pude fazer,mas ano que vem com certeza vou aderir ao movimento, e tentar fazer com que outras pessoas façam isso também,pelo menos as que estão ao nosso redor. Bom até um próximo comentário,bjs.